sábado, 26 de junho de 2010

Diario De Um Racista

Querido diario, quer ouvir meu dia a dia?
nao falo de politica, nao faço apologia,
eu mando a minha critica sobre a periferia,
sou contra o racismao, preconceito nao eh a minha,
nao sou nenhum nazista, o ser humano eu respeito,
se alguem me acompanha entao me entenda direito,
direito, esquerdo, tanto faz, soh lamento,
por esta cançao nao ser o diario de um detento,
tem mano por ai, se pagando de mc,
elogia a favela, e na real, ta nem ai,
ganha fama em todo morro, todos querem curtir,
mas depois que ganha grana ele some dali,
vamo embora, morar em outra cidade,
compra um ap de luxo, vida virou malandragem,
no começo era rapper, hoje eh soh um covarde,
que se esconde da favela com medo da bandidagem,
comigo eh diferente, realidade inocente,
de quem nunca viu uma favela em sua frente,
quem falou que soh em favela a vida eh deprimente?
minha vida nao eh facil, mas já to experiente.

Refrao2x: Branco, preto, amarelo, vermelho,
todos somos homens, que se foda o espelho,
ouçam meus amigos, sigam o meu conselho,
façam o que eu digo, nao façam o que eu penso.

Por fora eu sou branco, e por dentro eu faço rap,
eu roubo no semaforo com a astucia d eum muleque,
eu sou apenas um garoto que nunca fumou um beck,
que trabalha pra ganhar aquela porra de cheque,
conhecido na quebrada como o hitler da area,
eu sou o ladrao branco que xingou sua mae de otaria,
voce eh preto meu irmao? entao morra canalha,
ainda vou no seu enterro pra tirar uma palha,
cabelo black power, estilo horroroso,
sai na rua dizendo que representa seu povo,
eu ando do lado, ainda nao sou famoso,
eu vejo um preto xingando o outro de negao seboso,
o racismo eh existente e domina os fracos,
eu canto esse estilo, mas odeio malakos,
eles me adoram e nao enchem meu saco,
se vestem como eu, falam minhas girias, ta ligado?

refrao 2x

10 a zero na disputa: racismo contar amor,
as pessoas nunca julgam as outras por seu valor,
meu rap nao tem classe, meu rap nao tem cor,
sou branco, nao sou afro, nem por isso eu vou virar doutor,
eu rimo escondido, me chamam de bandido,
nos becos do meu bairro eu pareço um fugitivo,
nao me falta juizo, me falta um bom ritmo,
me ponha num estudio, ou meu rap esta perdido,
racismo, qual a graça? o que importa a raça?
soh porque nao sou loiro, agora sou um vira lata,
branco tambem mata, branco toma cachaça,
quando o racismo acabar sera o dia da caça.

Refrao 2x

Nenhum comentário:

Postar um comentário